Boletim - Fevereiro 2012

Boletim informativo AUG



Queridos amigos, fevereiro é mês de festa e calor, mas para o AUG parecia que estávamos em setembro, de tantas mãezinhas e bebês que resgatamos! Nossos filhotes chegaram mais cedo esse ano e encantaram a todos! Owwwnnnn!
Apesar do Carnaval, nesse mês trabalhamos bastante: doamos 71 gatinhos para donos responsáveis e amorosos! Além disso, conseguimos resgatar nada menos que 88 gatinhos que estavam sofrendo nas ruas! Ufa! 

Estamos cheias de planos para 2012! Temos discutido bastante sobre como conseguir salvar cada vez mais gatinhos e sobre como fazer o AUG crescer. Porque a gente faz muito, mas quer fazer mais ainda, claro. Esses planos a gente vai contando para vocês aos poucos, quando colocarmos as ideias em prática. Agora, acho que vocês querem ver nossos resgates e nossos filhotes fofos e coloridos, né? Então, vamos a eles!



Um beijo,
Juliana e Susan




Muitas gatinhas grávidas, escorraçadas e famintas, vagam pela cidade procurando um lugarzinho seguro para ter cria. Algumas encontram, outras não. As que não dão sorte têm seus nenês retirados ou os perdem na pressa de fugir do perigo. Todos os meses muitas gatas e filhotes são resgatados por nós, mas sabemos que na época da primavera o número de famílias costuma aumentar bastante. Nesse mês tivemos um aumento inesperado!

A primeira ninhadinha do mês chegou no comecinho de fevereiro. Mamãe e 4 lindos bebês encontrados em um ferro velho da Faria Lima. Essa família é a família dos sonhos: bebês saudáveis, mamãe cuidadosa, limpinhos, não dão nada de trabalho. Agora que estão com 25 dias, serão vacinados, castrados e aí, feiosos assim, não vão nem ficar no site por muito tempo esperando por adoção! Todos fofoletes e a mamãe abraça todos dia e noite. Lambe, lambe, lambe... Uma delícia cuidar de nenês assim!







Essa gata fofa chegou de São José dos Campos, depois de ter perdido sua família na desapropriação do Pinheirinho. Novinha, não deve ter mais do que 8 meses, estava estourando de grávida. Teve 4 lindos bebês gordinhos e saudáveis. Uma semana depois do parto, ainda aceitou cuidar de um bebezinho adotivo, 5 dias mais novo que os seus verdadeiros filhos.



A Sophie também foi resgatada depois da desapropriação do bairro de Pinheirinho. Chegou barrigudona, mas tão barriguda que pelas fotos achávamos que ela teria uns 6 ou 7 filhotes.  Os dias foram passando e nada dos bebês nascerem. Um dia, achando que a gatinha estava agitada e com dor, a Silvia (voluntária que a acolheu em sua casa), correu com ela no meio do Carnaval para uma clínica 24 horas. Ela fez um ultrassom e a imagem mostrou que ela tinha só 2 filhotes, sendo que um estava morto e ela precisava fazer cesárea urgente para salvar o outro. Ela se recuperou bem da cirurgia e cuida direitinho do seu bebê. É um doce de gatinha, pidona, carinhosa e, apesar de sofrida, podemos ver que ela está bem e agradecida. 

A Gracinda é uma gatinha especial. É cega e vivia em uma escola. Sem poder se defender direito, acabou sendo vítima de maus tratos e ficou desconfiada, arisca mesmo. Quando engravidou, ela se escondeu e foi possível resgatá-la. Ela teve os bebês em segurança na clínica da Dra. Angélica, mas 3 bebezinhos não resistiram. Como ela está doente, os nenês tiveram de ser separados dela para que evitar que se contaminem. O único sobrevivente está tomando mamadeiras e estamos torcendo para que ganhe essa luta.



Falando em mamadeiras, essa turminha está sendo cuidada pela assistente da Dra. Angélica, a Maria. Eram 3, mas um infelizmente não sobreviveu. Os outros crescem fortes e saudáveis. É impressionante como crescem rápido!

Pequenina e seus filhotes nasceram na Hípica de SBC e estavam sendo cuidados por uma conhecida de uma das nossas voluntárias. Apesar da boa intenção, ela não entendia nada de gatos, muito menos de mamães e bebês. Até salgadinhos davam para a gatinha que, morta de fome, acabava comento. A Carol, nossa voluntária, então resolveu levá-los para casa e dar os cuidados que eles precisam. Agora se alimentam bem, estão bonitinhos e logo serão doados.

Essa linda mamãe foi procurar abrigo e esconderijo para ter seus bebês no lugar errado. Entrou em um prédio na Ricardo Jafet e, ao saber da existência dela, o síndico disse que ia jogá-la no rio. Fácil, né? Só atravessar a rua! Felizmente ela foi resgatada e teve seus nenês em segurança. Nossa voluntária Rebeca cuida dela e dos seus filhotes Carlota, Pablo, Ramon, Raul e Juan.



Mamãe e filhinha também tiveram sorte. Grávida, a gata procurou uma casa para parir e encontrou uma família que gosta de animais. Teve uma bebezinha só. Apesar de bem tratadas, a família não queria ficar com elas depois do desmame e elas foram abrigadas pela nossa voluntária Keka.

A Annie não teve a mesma sorte dos gatinhos que ficam com suas mamães. Alguém pegou esse tiquinho de gato e deixou na rua, a mercê de todos os perigos. Um anjo passou por ela e a resgatou. Por sorte, ela estava cuidando de uma gatinha que estava com filhotes. A Annie foi adotada pela gata e sobreviveu graças ao leitinho da mãe adotiva.



Esse projeto de gatinho preto, arrepiado e faminto é o Waltinho. Acreditem ou não ele estava preso entre as colunas da Americanas da Rua Augusta. Uma conhecida que adotou gatos com a gente escutou miadinhos e avisou o gerente, que não queria nem saber do gato. A Beth tanto fez barulho que conseguiu que quebrassem parte da coluna. De lá saíram 2 gatinhos, um ela adotou e o outro é o Waltinho. A tia Suze topou cuidar dele, mima bastante e cuida na mamadeira com o maior carinho.




Esses bebezinhos foram abandonados na frente de uma loja de material de construção. Eram 4, mas, quando foram socorridos, 2 já tinham sido atacados por um cachorro e não sobreviveram. Eles chegaram na fase de desmame, ou seja, grandes para mamarem e pequenos para comerem. A Susan alimentou os dois na seringa até que aprendessem a mastigar. São fofos!



Todos os meses é a mesma coisa na Fernão Dias: muitos animais abandonados! A protetora da região nos fez um apelo desesperado dizendo que esses bebês estavam em uma caixa de papelão ao relento. Chegaram magérrimos, famintos, cheios de vermes e pulgas. Foram levados para a clínica da Dra. Angélica e estão sendo bem cuidados.

Do Grajaú, ponto de abandono, já recebemos muitos gatinhos. Os primeiros que chegaram foram 4 filhotes que estavam em um bueiro. O pedido de ajuda que recebemos dizia que tinha uma gata muito magra e judiada escondida no bueiro e aceitamos resgatar.  Quando fomos resgatar a gatinha, tinham mais 3 filhotes com ela. Os 3 filhotes são irmãos, mas a maiorzinha judiada é uma adolescente, que chamamos de Formosinha porque ela parece um gato que tivemos. Os filhotes, que chamamos de Teco, Tico e Tuca, estão bem e logo serão doados. A Tuca ficou dentinha e foi para a UTI com complexo respiratório e dificuldade pra respirar, mas já teve alta e agora só está sendo cuidada do olhinho. A Formosinha está ganhando peso e é uma fofa, quando estiver forte vai encontrar um bom lar.




Uma adotante ligou para a nossa veterinária, a Dra. Beatriz, aos prantos, dizendo que estava no metro São Bento e tinha um filhote gritando muito, amarrado dentro de uma caixa, tentando alcançar um ravióli que deram para ela comer. As pessoas passavam, riam e uns moleques estavam judiando da pobrezinha... Quando essa adotante viu tudo isso, colocou os moleques para correr, soltou a gatinha, deu comida e ligou para a Dra. Beatriz na esperança de um resgate. A Suzeli, nossa voluntária, foi até lá e resgatou a gatinha. Ela é uma fofa, macia, linda demais e, claro, foi batizada de Benta!





E tivemos muitos e muitos outros gatinhos resgatados, como o Sal e o Pimenta, resgatados do Grajaú; o Khali do ferro velho; a Calipso e a Cookie de uma escola; o Pedrinho do meio do mato sozinho; o Axel Rose, que rondava a Vila Olímpia sozinho; o Crô e a Tereza Cristina, abandonados na porta de um petshop; o Alvin e irmãos, resgatados de um supermercado; a Aparecida, encontrada na nossa porta; a Larinha, encontrada numa empresa; as branquinhas Spirit, Felicity e Kiss, que estavam dentro de uma caixa de papelão; e muitos outros. Esses gatinhos todos foram resgatados esse mês e acolhidos por nós, mas, se formos colocar todos e contar a história de cada um, o boletim não vai ter espaço para os casos importantes que queremos dividir com vocês.














 











Resgatar os gatinhos é só a primeira fase de muitas. Na maioria das vezes eles chegam muito doentes, machucados, espancados e, por mais que a gente queira cuidar, não temos infra-estrutura para fazer isso em casa ou no abrigo. As cirurgias, os cuidados de uma UTI e os veterinários são caros. Não podemos negar atendimento aos casos graves, mesmo sabendo que o tratamento de um gato só pode custar mais de 5 mil reais. Sabemos que temos que fazer de tudo até esgotar todas as possibilidades e lutar por cada vidinha.

Xuxinha, Stefani e Estrelinha são de uma senhora muito humilde, que realmente ama seus gatinhos e não os coleciona ou sai pegando todos os que vê pela rua. Ela quer cuidar bem dos dela, trabalha, cuida da mãe doente e vive para eles. Mas, quando um adoece, ela não pode pagar pelo tratamento. Dessa vez, por vergonha de pedir ajuda, esperou demais para nos procurar e as gatinhas estão muito doentes, talvez seja tarde demais. A Xuxinha tem câncer nas mamas e fez mastectomia de uma das cadeias mamárias. É uma operação dolorida, o pós-operatório é difícil, mas ela está lutando e nós também. É uma gatinha que não reclama de nada. Ela vai retirar os pontos essa semana e fazer a segunda parte da cirurgia, que é retirar a outra cadeia mamária. Ela precisa de tempo e cuidados para se recuperar e o caso dela é grave.
A Stephanie tem um problema crônico do sistema respirátorio. Mesmo com inalação diária e remédios ela ficou muito mal, vomitava sem parar, emagreceu muito e precisou ser internada. Na UTI ela fez ultrassom e exames de sangue e  foi detectado uma gastrite agressiva, em estado avançado, quase uma úlcera, por isso não comia e vomitava sem parar. Ela agora está fazendo tratamento para gastrite e se recuperando, já está se alimentando melhor.
A Estrelinha era o caso menos grave. Piometra. Chegou com o útero muito inflamado e foi imediatamente levada para a cirugia.
Por sorte essa é uma cirurgia mais simples e com bons resultados. Ela agora se recupera na casa da Suzeli para ser medicada e ter todos os cuidados especiais que precisa.

 



Bianca e Bernardo não vieram do mesmo local. Até se encontrarem na clínica da Dra. Angélica, tudo que eles tinham em comum era o histórico de serem gatinhos sofridos.
A Bianca foi resgatada da casa de uma senhora que morreu e deixou muitos gatos. O estado em que foi resgatada mostrou que, apesar de ter tido uma dona, ela só conheceu sofrimento. Ela era mantida em uma coelheira minúscula e os motivos para isso não ficamos sabendo. As fotos que vieram com o pedido de ajuda eram muito tristes. Ela estava desnutrida, tinha as mamas inchadas, vomitava e tinha diarreia aquosa. Outros exames mostraram alteração das alças intestinais e, só depois de um tratamento intensivo e muita dedicação, com as medicações certas, ela melhorou. Ela ainda está magrinha, mas nem se compara a gatinha que resgatamos. Agora só precisa engordar e vai ficar uma gata linda!



O Bernardo foi encontrado em uma praça. Magérrimo e quase sem pêlos, foi resgatado e encaminhado para a nossa veterinária. Chegou com um quadro de desnutrição severa e complexo respiratório, mas, assim que oferecemos comida, ele enlouqueceu e quase comeu o potinho junto. Fome. Ele tinha fome! Sentir fome deve ser muito triste... Ele agora se recupera, os pêlos começaram a crescer de volta, ele é um meninão alegre e logo vai ter alta!

O Vitório é um gatinho sem sorte que foi encontrado pela protetora Maria Elisa gemendo de dor em sua garagem. Ela correu com ele para o único lugar que podia, um hospital 24 horas. Lá foi atendido e os exames mostraram que ele tinha sido espancado, estava com o maxilar deslocado e fratura no crânio. Para piorar, ele estava debilitado demais e com bicheira nos olhos e nariz, o que indica que a ferida era antiga. Os veterinários entraram com soro e medicamentos, além de morfina, já que ele sentia muita dor. Somente quando ele estava hidratado, estabilizado e teve condições de ser operado os veterinários retiraram o globo ocular comprometido. Com as despesas no hospital aumentando, a Maria Elisa pediu que pagássemos parte dos custos. Ao saber que a pessoa que iria assumir o pós-operatório dele não tinha condições financeiras para qualquer imprevisto, ele foi trazido para nós. Foi a sorte dele, porque o ponto do olho estava com pus e necrosado. Ele teve que colocar uma sondinha e fazer uma lavagem no local.




No mês passado, a Susan aceitou cuidar de um gatinho paraplégico. No email, uma veterinária de Itu pedia ajuda para ele e dizia que tinha encontrado o gatinho na rua, aparentemente atropelado. Com ela, ele fez uma cirurgia no fêmur e não voltou a andar. Na clínica, o Simon seria sacrificado e, por isso, a veterinária que o resgatou pediu ajuda ao AUG. A Susan, que tem uma gatinha paraplégica em casa e sabe o quanto ela é feliz, resolveu aceitar o Simon e cuidar dele. Não era justo que ele fosse sacrificado apenas por não andar. O Simon chegou em uma sexta-feira, véspera de Carnaval. Quando a Susan foi colocar fraldinha nele, ele urrou de dor. Ela não conseguiu colocar e achou muito estranho. Ligou imediatamente para a Dra. Angélica, veterinária da ONG, que o havia examinado no mesmo dia. Ela disse que durante o exame clínico ele tinha se comportado bem e que a dor devia ser a intensa manipulação. A Susan deixou o Simon quietinho para descansar. Só que, durante o feriado, Simon foi ficando com mais dor, mais irritado, sem querer comer e sem conseguir fazer xixi e cocô. Aquilo não era normal. Na segunda-feira, ela o levou de volta à Dra. Angélica e ele fez uma série de exames. No raio-x foi constatado que ele tinha, além do problema no fêmur, fratura de sacro e pelve. A cirurgia que ele tinha sofrido na pata tinha sido mal feita, pois o pino colocado ultrapassava a extensão do osso. Isso causou infecção e o rabo dele começou a ficar com feridas. No dia seguinte saiu o resultado do hemograma e Simon foi internado na UTI. A infecção estava altíssima e precisava ser controlada. Lá na UTI, mesmo com medicamentos, a infecção continuou a piorar e ele teve que ser operado às pressas, correndo o risco de não sobreviver ao pós-operatório. A patinha mal operada foi arrumada (agora Simon usa um fixador externo) e o rabo amputado. Os dias que se seguiram foram cruéis. Simon foi caindo, caindo... Não conseguia estabilizar a pressão, sempre muito baixa. Precisou fazer transfusão de sangue porque a infecção foi "comendo" tudo. Enquanto a gente aguardava o resultado da cultura antibiograma, Simon foi medicado com dois antibióticos potentes, mas que não fizeram efeito. E o resultado do exame constatou que ele era resistente aos medicamentos. Ou seja, perdemos tempo dando os antibióticos errados, mas não tínhamos como saber. Agora, quase duas semanas depois, Simon apresenta sinais de melhora. FINALMENTE!
Devíamos ter pedido ajuda para ele antes, mas estávamos com receio que ele não aguentasse e é sempre muito triste criar expectativas nas pessoas e depois vir com uma notícia de morte. Durante todos esses dias Simon ficou entre a vida e a morte e a gente rezando para que ele tivesse uma melhora. Finalmente, acho que podemos dizer que vai dar certo. Claro, ele ainda corre riscos, mas já estamos mais seguras para falar sobre o caso dele. A conta do Simon, somando exames, cirurgia e internação, já está em 6 mil reais. Deve aumentar bastante porque ele não pode ter alta da UTI.
Por isso, pedimos que colaborem com qualquer quantia. Quando a Susan aceitou o Simon, imaginou que o único trabalho que teria seria trocar fraldas e esperar por um dono. Mas ele não é paraplégico, Simon apenas foi mal cuidado e mal diagnosticado. Ele não anda por causa da patinha, do sacro e da pelve quebrados, não há nada de errado na coluna e ele tem sensibilidade em todos os membros. A luta contra a infecção continua. Sai muito pus da patinha dele e os leucócitos ainda estão muito altos. Mas se Deus quiser ele vai ficar bom e ainda vamos ver esse gatinho correr!




Era começo da madrugada quando um pedido do Facebook chegou até o AUG. Uma gatinha bem magrinha que parecia ter dificuldades para respirar tinha sido resgatada por uma moça que queria ajudá-la, mas não tinha condições de levar até o veterinário. Depois de nos comprometermos a acudir a gatinha e pagar por tudo, ela foi a 3 clínicas veterinárias abertas naquele horário e teve socorro negado porque não tinha cheque ou cartão para deixar a gatinha na UTI. Telefonamos, tentamos convencer as clínicas e nada. Até que outra pessoa, que estava mais perto, viu o apelo e foram juntas para outro veterinário que a atendeu e deu os primeiros socorros. Ela melhorou depois de hidratada e, no dia seguinte, seguiu para a Dra. Beatriz. Um exame constatou um afundamento de externo, um defeito congênito, que de um jeito bem simples de explicar significa que a caixa torácica dela não cresceria como o resto do corpo. Sem espaço os órgãos ficam espremidos e, por isso, ela tem dificuldade em respirar. Ela estava bem cuidada, ganhando forças para a cirurgia, e a cada grama que ela ganhava todos os envolvidos comemoravam! Estávamos apaixonados por aquele tico de gatinha de cor tão rara e carinha de anjo. Mas talvez por ser um anjo de verdade, quando achávamos que ela não corria mais riscos, a respiração dela descompensou e ela passou a noite no oxigênio da UTI. Na manhã seguinte teve uma parada respiratória e virou estrelinha. A notícia veio como uma bomba. E de nada adiantou sabermos que cedo ou tarde ela iria sofrer com a deficiência. Acreditávamos que, depois de fortinha, uma cirurgia corrigiria o problema...


Recebemos o pedido de ajuda para uma gatinha que foi diagnosticada com hérnia diafragmática. No email já estavam os exames, o raio-X e a foto da fofinha, uma escaminha com cara de pidona. Tudo que pediam no apelo era ajuda para cirurgia e, como nós temos um histórico de sucesso em casos assim (mesmo em filhotes), nos oferecemos na hora para salvar a gatinha. Ela chegou bem, gordinha, sem febre, como um presságio de que era a hora certa para operá-la. Mais exames e ficou decidido: a cirurgia não podia esperar e ela estava forte para isso. Infelizmente, aconteceram aquelas coisas que ninguém entende. Como a Emília entra em cirurgia pesando 300 gramas, retira os 2 olhos infeccionados e o monitor não mostra sequer um batimento cardíaco diferente e uma gatinha gordinha, fortinha, com exames em ordem, vai para a cirurgia e tem uma parada respiratória? Ela não resistiu. Ficamos arrasadas. Era a segunda bebê do mês que morria na cirurgia.

Habib, Nadia e Samira foram resgatados dos fundos de um restaurante. Chegaram doentinhos, com muita diarreia, sempre apáticos. Não brincavam, não comiam bem e estavam sempre caidinhos. Todo o tratamento de suporte foi dado, mas eles não melhoravam. Eles tinham um quadro grave de complexo respiratório e, depois de internadas, Samira e Nádia não resistiram e morreram de insuficiência respiratória. Conseguimos salvar o Habib, que continua fraquinho e sob cuidados constantes.


O Pinóquio foi resgatado pela nossa veterinária. Enquanto ele ainda estava na quarentena, em uma dessas rasteiras da vida o Pi pegou fungo, uma coisinha de nada, tratável rapidamente. Mas não para ele. O remédio baixou a imunidade e ele, com alguma predisposição para PIF, adoeceu rápido. O vírus incubado se manifestou e, apesar de toda a luta, todos os dias internado, todos os cuidados, ele não resistiu. Inconformadas, ainda pedimos a necrópsia, que confirmou o que os veterinários sabiam. É raro acontecer algo assim, mas aconteceu…

Raphinha foi abandonado em uma caixa de papelão no Terminal da Fernão Dias e passou a tarde toda na caixa, sem se mexer, no sol, sem comer, sem beber água, com dificuldade para respirar e sem conseguir ficar em pé. Levado para os primeiros socorros, ele urrava de dor ao ser manipulado e só se acalmou quando tomou um analgésico que diminuiu a dor. O raio-X não constatou fratura e ele foi levado para a Dra. Angélica. Ele estava com os nervos da coluna inflamados, desnutrido e com pneumonia. O tratamento foi intensivo, cuidadoso, com dias e dias de UTI, mas ele é um guerreiro, gatão de rua, e está se recuperando.


Vocês conheceram a Charlote, uma gatinha espancada, no nosso boletim passado.
Mas a Charlote não é uma menina, é um menino! Por isso agora se chama Charles! :-) O Charles foi internado para se recuperar das lesões e, quando estava de alta, foi para a casa da Keka terminar seu tratamento. Ele está super bem, já recuperou parte dos movimentos e começou a andar pela casa.
Quem sabe esse menino logo não encontra uma família que ache engraçadinho o jeito dele andar, né?



A Carambola é uma das nossas gatinhas que esperou meses até ganhar uma família. Mas chegou o dia em que ela tirou a sorte grande e foi adotada. Nós comemoramos como nunca e estávamos felizes, o adotante também e o final feliz dela parecia ter chegado. Mas ela logo adoeceu na casa do adotante. Não por culpa de ninguém, mas porque a mudança pode ter causado uma baixa de imunidade e alguma doença se manifestou. Ela parou de comer e teve muitos vômitos, fez todos os exames possíveis, foi internada na UTI e fez duas transfusões de sangue. Depois disso, melhorou um pouco e teve alta, mas ainda precisava ser tratada. Ela respondeu ao tratamento só nos primeiros dias e voltou a piorar. Ela foi internada novamente e estamos apreensivas, esperando que nossa gatinha sobreviva, mas sabemos que as chances são pequenas. As datas das fotos mostram a melhora e piora ela.

Nesse mês dissemos adeus, ou melhor, até logo, para outras duas gatinhas do abrigo que também esperaram por muito tempo uma família, que nunca chegou. Ameixa e Goiabinha vieram do mesmo resgate e quiseram ir embora juntas.
A Ameixa era uma gatinha tímida, sempre quietinha no seu cantinho. Raramente deixava que fizéssemos carinho, mas quando ela começou a emagrecer, percebemos que algo estava errado. Os exames mostraram um linfoma e, do dia da descoberta até ela virar estrelinha, não demorou muito. Fizemos tudo que podíamos. Ela ficou internada com cuidados constantes, 24 horas por dia, mas não houve tratamento ou orações suficientes para salvar nossa escaminha.



 A Goiabinha foi quase igual. Depois de emagrecer, não responder a nenhum tratamento via oral, perder o apetite e ficar fraquinha, levamos a gatinha para a UTI para que ficasse estabilizada até que encontrassem o problema. O ultrassom mostrou o fígado comprometido. Como ela viveu muitos anos na rua, devia ter alguma predisposição genética que levou à insuficiência do fígado. Sempre quietinha e resignada, ela descansou.



Em fevereiro 71 gatinhos encontraram suas famílias. Conheçam os felizardos!








Todos esses gatinhos vocês já conhecem. São os gatinhos do nosso abrigo ou que vivem em lares temporários enquanto esperam pela tão sonhada adoção.
Um abrigo nunca é bom. Por melhor que ele seja, por mais limpo, com veterinários, com boa comida, é sempre um abrigo. Nos abrigos os gatinhos ficam doentes e no nosso não é diferente.
A Cuddy teve seus filhotes e foi resgatada por nós. Desde então ela e seus bebês vivem na montanha russa que filhotinhos com baixa imunidade costumam viver. Ficam gripadinhos, uns melhoram só com o tratamento e outros desenvolvem pneumonia. São levados para a UTI e sabemos que salvar um gatinho bebê de uma pneumonia é muito difícil. E esse mês o Wilson, filhinho dela, passou por tudo isso. Para piorar, descobrimos que mamãe e um filhote além do Wilson são positivos para Leucemia. Isso o deixou mais fraquinho e ele travou uma batalha diária na UTI, dias e dias, mas infelizmente virou estrelinha.



A Bella, outra mamãe do abrigo, também ficou muito doente. Ficou apática, não queria comer. O que era uma rinotraqueíte virou um complexo respiratório grave, que, além dos pulmões, pega também os olhos, com um tipo de herpes muito forte. Se não é cuidado com colírios certos e em horários rigorosos, pode deixá-los cegos. Felizmente ela já teve alta e se recupera.



E vocês conhecem o Gepeto, né? Ele continua melhorando depois do susto que nos deu. Para um gatão como ele, que chegou a pesar 3kg, estar com 5kg agora é uma vitória. Mas não foi fácil. Ele tomou muito soro, remédios e fez todos os exames de sangue para controle da FIV e diabetes. Agora que a glicemia dele está controlada, ele não precisa mais fazer a fluidoterapia todos os dias. Ele está feliz! Ninguém gosta de agulha todo dia, né? :-)







O Peter Pan, que o tempo todo ficou em tratamento com a gente, nos deixou. Ele foi diagnosticado com shunt porto sistêmico, uma anomalia vascular. Acontece que o sangue do sistema gastrointestinal ou do baço é desviado para o fígado, resultando em sintomas neurológicos, gastrointestinais e urinários. No caso do Peter Pan, era comum ele desmaiar após as refeições. Ele foi operado e, no pós-operatório, partiu para o céu dos gatinhos. Foi tudo muito esquisito porque com a cirurgia ele devia ter ficado bem. Era para ele não se intoxicar mais e passar a melhorar, mas não foi assim que aconteceu. Uma pena, pois era um gatinho muito bonzinho e muito amado.



O Tremelique tem dias que está bem e outros em que não levanta nem para comer. Na última ida da Susan ao Dr. Wagner, neurologista, ela comentou com ele que o caso do Treme parecia ser degenerativo, pois há quase 1 ano na ONG ele só piora, mesmo com tratamento e fisioterapia. Dr. Wagner afirmou com a cabeça dizendo que podia ser uma doença rara, chamada abiotrofia. Se realmente for, tadinho, a tendência é piorando até que seja recomendada a eutanásia. O pior é que só se fecha diagnóstico dessa doença com necrópsia, ou seja, de nada adianta suspeitar agora e de que adianta saber depois? Hunf! Enquanto isso, vamos tentando dar a melhor qualidade de vida possível ao bonitão. Essa semana encomendamos um carrinho para que ele pelo menos fique em pé e consiga dar umas voltinhas. Assim que o carrinho chegar postaremos fotos! 







E quando chegou a hora de marcar a amputação da patinha traseira do Rubinho, a Susan deu para trás. Ela não está confiante que a outra patinha irá se fortalecer e que ele vai conseguir andar com 3 patinhas. E, se ele não conseguir, ter amputado a quarta patinha complicaria as coisas. Então vamos aguardar mais um pouquinho, mais um mês talvez, para ver se com fisioterapia a patinha que tem chances de recuperação melhora.

Fevereiro foi um mês de muito, muito trabalho. A gente sempre torce para que o próximo mês seja mais leve, para que tenhamos um respiro e possamos administrar os gatinhos que já chegaram sem sufoco. Gostamos do que fazemos, mas não somos de ferro! Mas não é assim que funciona... Vem um problema atrás do outro, um caso mais cabeludo do que o outro para resolvermos. É muito difícil ser ONG de animais no Brasil, muito. Sem apoio do governo, sem interesse das empresas em nos patrocinar, sem nada a não ser nossa boa vontade e a bondade de vocês. Graças a Deus temos vocês, que amam os animais como a gente, que nos valorizam, que doam dinheiro, ração, areia e remédio para que nada falte aos nossos 450 abrigados e para que possamos continuar na ativa, resgatando, ajudando, salvando vidas. Se fazemos o que fazemos, se dedicamos as nossas vidas para essa causa é porque temos a ajuda de vocês, então o nosso mais sincero obrigado. Obrigado por fazerem parte desse time do bem!

Por favor, continuem colaborando para que nossos sonhos virem realidade e a gente possa salvar muitos outros animais!

Como ajudar o AUG:

 
   
Doando dinheiro para custear castrações, consultas, tratamentos e internações:

Depósitos:

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Bradesco - agência 3334 - conta corrente 6253-7
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Apadrinhando um gatinho

O Adote um Gatinho hoje conta com 450 gatos abrigados. Muitos deles têm poucas chances de adoção. Outros precisam de longos tratamentos até estarem prontos para serem adotados.

Seja madrinha ou padrinho de um
dos nossos encalhadinhos!
   







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