Boletim - Março 2010

Boletim informativo AUG

Queridos amigos,

O mar não está para os gatos! Principalmente para os tigrinhos. Não vamos nem dizer como foi esse mês para a ONG e vamos logo contando essa história para vocês imaginarem o que vem por aí.

Lembram que no mês passado apresentamos o Bobó, um gatinho que tomou uma paulada na coluna e ficou paraplégico? Pois não é que nesse mês chegou mais uma toda arrebentada? Uma tigrinha da mesma cor e tamanho da Bibi e do Bobó e por isso a chamamos carinhosamente de Bubu.

O pedido de ajuda chegou para a Susan, que se compadeceu na mesma hora. O email dizia que ela se arrastava e estava grávida. Imaginem só! Como uma gata sem sensibilidade nos membros posteriores poderia parir? A Su então pediu para a pessoa que a achou levá-la com urgência até a nossa veterinária.

Graças a Deus a gatinha não estava grávida, mas, em compensação, a Dra. Angélica nem sabia por onde começar quando viu o estado da gatinha. Na parte inferior, ao lado do bumbum e na barriga, ela era pura crosta. A necrose era tão grande que a Dra. Angélica falou que, se tirasse as cascas, chegaria no osso!

Bom, agora a situação já está um pouco melhor. As crostas começaram a cair sozinhas, mas a coitadinha está em carne viva. É difícil fechar a ferida se ela se arrasta, né? De fralda, a região fica abafada... Então estamos tentando achar uns adesivos que são usados para humanos, para ajudar na cicatrização. Em relação à paraplegia, a Bubu, assim como o Bobó, não teve rompimento de medula e tem bons reflexos. Existe uma chance pequena de que ela volte a andar (ainda que tortinha, já seria uma grande conquista!).  Se Deus quiser ela vai ficar bem novamente.  




Falando em paraplégica, esta bebê chegou tetraplégica. Só mexia a cabecinha. Entramos em pânico porque apesar de tudo ela tinha muita vida no olhar.
Ela foi medicada e aos poucos recuperando os movimentos. Provavelmente ela foi atropelada e teve alguma vértebra comprimida, daí a perda dos movimentos. A Dra Angélica está cuidando dela em casa, fazendo fisioterapia, para que ela melhore ainda mais. Ela anda, mas bem cambaleante. Olhem que fofa:



Às vezes, no entanto, o socorro chega tarde demais, como foi com o Haroldo. O marido da Rosa, uma de nossas voluntárias, encontrou o amarelinho perdido e o resgatou. Infelizmente, alguns dias depois, o Haroldo adoeceu e os exames mostravam que ele tinha FIV (AIDS felina), insuficiência renal e hemobartonela. O problema do Haroldo é que a medicação para uma doença acabava piorando a outra. Tentamos e tratamos dele até o finalzinho. Ele definhou e foi muito triste ver como ele ficou. Por conta disso, nem vamos usar as últimas fotos que temos dele, e sim essa de quando foi achado. O Haroldo virou estrelinha no final de semana passado. O curioso (e talvez mais cruel) é que, quando foi encontrado, ele tinha marcas na pata dianteira, como se ela tivesse sido raspada para tirar sangue ou tomar soro. Muito estranho ele ter essas marcas... Talvez tenha sido abandonado depois que descobriram que ele estava doente.



É o que a gente diz: a gente nunca sabe quando o resgate vai chegar a tempo. Nesse caso deu tudo certo: esse gato foi encontrado respirando mal, com hérnia diafragmática. Foi operado e a cirurgia correu tão bem, mas tão bem que ficamos todas admiradas. É uma cirurgia séria e sempre ficamos aflitas com esses casos. A pessoa que o resgatou quis ficar com ele e a nossa ajuda foi apenas com o tratamento. Felizmente, ele passa bem.



Nesse caso o socorro chegou aos 45 do segundo tempo, mas funcionou!
Essa gatinha apareceu numa casa e o cara, com bebê recém-nascido, ficou com medo dela e jogou água fervendo na coitada. Nem conseguimos comentar o absurdo.
As queimaduras foram profundas e a gatinha sofreu muito, muito, muito... Teve que ser operada e a parte queimada foi retirada. Ela ficou com uma cicatriz enorme e um pouco de sensibilidade no local, mas já é uma gatinha feliz novamente. E já tem gente querendo ficar com ela!





Mais sorte teve o Linus que - imaginem só! - foi mordido por uma aranha! Ou pelo menos é o que achamos porque a nossa vet disse que o ferimento tinha as características típicas de uma picada de aranha. A pele soltou todinha e dava para ver até o músculo! Mesmo assim ele brincava e nem parecia ter dor. Ele foi anestesiado e, depois que estava tudo limpinho, foi costurado. No dia seguinte ele estava todo serelepe brincando! Ele já tirou os pontos e a cicatriz é bem fininha, nem dá para ver! Gatinho safado esse, viu?




E mais resgates: do Terminal de Cargas da Fernão Dias veio essa vovozinha, desdentada, magérrima e fofa. Quando vimos a foto do apelo dela nem acreditamos que ela sobreviveria. A foto era assustadora! Felizmente, a gatinha é uma guerreira e come bem. Fizemos exames de sangue e ela é saudável, só é velhinha mesmo. Descobrimos que ela tem um pino na mandíbula, sinal de que já foi de alguém e que fez uma cirurgia. Pode ter se perdido ou foi jogada fora porque ficou velha... Olhem só o estado da pobrezinha quando chegou:



E agora!!! Ela é uma fofa, come tudo que a gente oferece e se esfrega dia e noite se a gente deixar. Não cansa de carinho! Ainda está judiadinha e o pelo está feio, crescendo devagar. Como ela não tem nenhuma doença, já pode ser adotada hoje mesmo.



Do CCZ de Diadema veio o Pirata, um sialata lindo, enorme e bonzinho. Ele estava com o olho afundado e furado. Fez cirurgia de enucleação e agora ficou costuradinho. O sortudo já tem dono! Estamos apenas fazendo o pós-operatório e logo mais ele irá para a casa nova.



E essa gatinha veio da Cidade Ademar resfriada e com um olho totalmente opaco. Estamos tratando e provavelmente ela ficará com uma grande cicatriz no olhinho prejudicado, mas não irá perdê-lo.



E agora as mamães! Fomos participar de um evento e, como vocês devem saber, gateiras acabam achando gatos em todos os lugares. Nesse lugar em especial tem uma colônia enoooooooorme de gatos. A Ju Akimoto, nossa voluntária, viu essa familinha e, como estava sem carro e caixinha, fotografou e pediu ajuda. No dia seguinte, ela voltou com a Raquel Rignani para procurar a mamãe super brava com seus dois filhotes muito doentes e, felizmente, elas encontraram todos os gatinhos. Foi na hora certa porque os filhotes estavam bem doentinhos e a gente viu pelas fotos os olhinhos colados.

O resgate levou hooooras porque a gata é muito brava e até agora não sabemos como elas conseguiram, já que até a Susan e eu, gateiras experientes, não conseguimos capturar gatos bravos sem a ajuda do laçador. A mãe é uma fera e os bebês amarelinhos estão bem doentinhos agora, mas ficarão bons.




E, falando em laçador, uma senhora nos pediu ajuda e contratou o Rogério, laçador, para pegar essa família que estava em uma praça. O mistério dessa família é que a mamãe é mansa e os filhotes bravos. Isso raramente acontece porque eles imitam a mãe. A mãe é boazinha, mas e os nenês.... Xiiii, umas ferinhas! São lindos mesmo assim, olhem só:



Ainda sobre as mamães: chegou essa família toda, resgatada pela Flavia, também nossa voluntária. Estavam em uma praça na Zona Norte e imaginem os perigos... Agora estão protegidos na casa da Flavia, que abriu sua casa e o coração para recebê-los.



Essas gatinhas estavam abandonadas em uma praça perto de onde a Elisa, nossa voluntária, trabalha. Ela foi avisada que algumas pessoas tinham falado que iriam machucar as gatinhas. Ali é uma região de muitos drogados, mas ela foi com a cara e a coragem procurar por elas. Achou essas duas fofuras, que são mansinhas, bobinhas de tudo e seriam facilmente judiadas. Já podem ser adotadas, viu?




Esse fiapo de gatinha foi encontrado pela Carol, nossa voluntária, na faculdade onde ela estuda. Ela estava jogada num canto, bem fraquinha. Centenas de estudantes passaram por ela e ninguém foi capaz de fazer nada! Ainda bem que a Carol a viu, resgatou e a levou para casa.



O mundo das gateiras é muito pequeno e todo mundo se conhece. Foi assim que uma amiga nossa, que faz o que pode pelos gatinhos, nos pediu uma ajuda urgente num desses casos escabrosos de dezenas de gatos abandonados em uma casa, sem comida, sem higiene... Bom, para resumir, o grupo dela está tentando ajudá-los e nos pediram para acolher esses gatinhos.

Chegaram doentinhos, muito gripados, muito caidinhos, sabe Deus pelo que passaram. A Neise, nossa voluntária, aceitou cuidar deles. A Neise é mãezona, sabem? A gente diz que ela tem uma creche de temporários e agora chegaram mais! rsrsrsrs Brincadeiras à parte, é difícil cuidar de nenês doentes porque eles podem contaminar os saudáveis. Felizmente, a Neise está dando conta.
Olhem que turma judiada:





Nesse boletim temos uma nova categoria: micro-filhotes! Afinal, tem bebezinho que nem é filhote ainda, é um projeto de gato.
Lembram dos nenezinhos do boletim anterior que a nossa veterinária amamentou na mamadeira? A tricolorzinha não resistiu, mas os três sobreviventes estão lindíssimos!


Eles nem começaram a comer sozinhos e já veio outra ninhada de mamadeira. Sorte que dessa vez a Maria, auxiliar da Dra. Angélica, está ajudando. Olhem o tamanho dos piupius! Sim, porque eles não miam, eles piam! RS




Esse tigrinho lindo de tudo foi trazido por uma pessoa que sempre nos ajuda. Ele se perdeu da mãe e mama na sua mamãe-urso.




E agora a categoria filhotes resgatados com emoção! rsrsrsrs Os resgates de madrugada, os que a gente larga o carro no meio da rua...
A Amanda, nossa voluntária, estava tranquila em casa quando escutou um miado. E lá foi a Amanda procurar pelos miados... Encontrou uma gatinha assustadíssima na quadra do prédio, miando muito no meio da madrugada. A Amanda voltou armada com sachê e caixinha de transporte e, às 3:30 da manhã ela conseguiu pegar a gatinha! rsrsrsrsrsrs Noite agitada!
A gatinha é uma graça, estava imunda no dia que chegou e agora está lindinha. Como foi encontrada no Carnaval, ganhou o apelido de Colombina!



E a Ju Akimoto  também teve a sua dose de resgate noturno! rsrsrsrsrs
Uma vizinha dela ouviu um morador do prédio comentando que escutou uma gatinha no motor do carro dele, mas que não ia fazer nada. A vizinha pensou: ‘vou chamar a gateira do prédio’, e foi assim que a Ju conseguiu salvar essa pequena às tantas da madrugada. A gatinha estava morrendo de fome, magrela, super assustada e toda suja, mas, graças a Deus, só machucou um pouquinho um dedinho. Está sob os cuidados da Ju.



O marido da Bell, nossa voluntária, também fez um resgate. Viram só? Os maridos das gateiras participam também! :-) É a corrente do bem: se um faz o bem, ensina o outro a fazer também.
Passando por uma avenida movimentada, ele viu um serzinho no meio-fio, prestes a ser atropelado, largou o carro na rua e o socorreu! Era uma gatinha e a fofinha foi levada para a casa deles e está em segurança. 



A Hilda, nossa voluntária, também largou o carro no McDonald's e saiu correndo para resgatar o Billy Black. Quem acompanha nossos casos vai lembrar na hora com quem ele parece! Pandiiiiiinha!



Esse monte de pretinhos veio de uma favela perto do Zoológico, em plena Sexta-feira Santa. São todos mansos e aveludados:



Resgatamos tantos outros bebês... Não dá para contar a história de todos, então vai uma amostra! RS



Como vocês podem ver, a situação está feia. Sempre pegamos todos os gatinhos que conseguimos abrigar e custear, e, mesmo assim, os pedidos de ajuda não param de chegar. Hoje mesmo chegaram uns cinco emails sobre gatos que serão jogados fora por seus próprios donos, estão sendo ameaçados de serem afogados no rio... É difícil conviver com a maldade do ser humano. Às vezes a sensação que temos é que estamos enxugando gelo. Dá uma tristeza absurda, mas temos que pensar que, para todos estes que socorremos, estamos fazendo a diferença.

Quem nos conhece sabe que não gostamos de pedir ajuda. Gostaríamos muito de sermos independentes, mas a verdade é que o Adote um Gatinho só existe porque por trás do nosso trabalho existe gente que admira, confia e acredita na gente. E é por isso que humildemente pedimos: quem puder colaborar, por favor, não deixe de fazê-lo. Nossos gastos são enormes. São mais de 260 gatos sob os nossos cuidados!

Abaixo seguem as formas de como ajudar:

1) Doações em dinheiro
Quem puder nos mandar dinheiro para custear castrações, internações, tratamentos, compra de vacinas, pode depositar na conta da ONG:
Adote um Gatinho
CNPJ 08.858.329/0001-08
Itaú 0341
Agência 2970
C/C 12869-6

Quem não tiver conta no Itaú, pode escrever para susan@adoteumgatinho.org.br. A Su manda um boleto para o email de vocês, com a data e o valor que desejarem!
É preciso enviar nome completo, endereço completo (com CEP), CPF, valor da doação e data desejada para o vencimento, ok?

Quem preferir doar com cartão de crédito pode nos ajudar por meio do Pag Seguro. É só acessar: http://adoteumgatinho.com.br/doe.htm

Lá você encontra todas as informações necessárias para fazer a sua doação.

2) Doando ração, areia, remédios

Temos parceria com dois petshops virtuais muito bacanas. Você faz o pedido, pede para entregar para a gente e chega tudo direitinho:

O Pet Super Market - http://www.rumo.com.br/sistema/Custom.asp?IDLoja=663&arq=adoteumgatinho.htm
&1ST=1&Y=1909357195240
Se não funcionar, copie e cole na barra do seu navegador que dá certo.
No campo do nosso telefone preencha com o telefone da loja.

E o Fauna e Flora - http://www.faunaflora.com.br/aug.htm . Dá para comprar também por email: fauna.ltda@terra.com.br e por telefone: (11) 5842-1345. Falem com a Thelma e digam que é uma doação para o Adote um Gatinho!
Por favor, se você fizer a compra com um destes parceiros, envie um email para informacoes@adoteumgatinho.org.br avisando. Assim temos como controlar as doações, ok?

Se você preferir, traga a sua doação em dinheiro ou produtos pessoalmente! Assim você aproveita e conhece nossos gatinhos em um dia de visita. Pode ser na nossa sede, na Barra Funda, ou no consultório da nossa veterinária, na Vila Mariana. Basta escrever para informacoes@adoteumgatinho.org.br e daremos as instruções.

3) Apadrinhamento
Outra forma de ajudar é apadrinhando um gatinho, fazendo doações fixas todos os meses. Para saber mais, acesse: http://adoteumgatinho.com.br/madrinhas.htm

4) Rifas
Mais uma forma de colaborar com o AUG é participando das nossas rifas: http://adoteumgatinho.com.br/rifas.htm. Sempre temos coisas bacanas com motivos de gatinhos!

5) Lojinha
Outra forma de nos ajudar é adquirindo um dos produtos oficiais do Adote um Gatinho ou de nossos parceiros.
http://adoteumgatinho.com.br/lojinha
Ainda temos calendários e agendas 2010!

Obrigada a você que chegou até o fim desse email longo!
Esperamos que Abril seja um mês menos difícil.
Beijos e até o próximo boletim!

Ju, Su e voluntárias AUG

 

 

 

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